quinta-feira, 14 de abril de 2011

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Há um certo exagero em mim que não pode se calar. Falo muito e falo alto, falo muito
alto. Ouço tudo, opino sempre, ofereço ajuda mesmo quando não a pedem. Trato
bem até quem não merece, mas faço questão de tratar mal a quem mereça. Digo que
amo a quem precisa ouvir. 
Não digo nada para quem não me faz diferença.
Falsidade não a pratico, mas se você for falso comigo apenas lhe oferecerei a
reciprocidade. Abraço apertado, beijo sem querer parar e, geralmente, não paro.
Aliás, nunca paro, se cansar de mim, me tire da tomada e me coloque para
dormir. Se eu começo vou até fim, o que não quer dizer que eu siga sempre pelo
mesmo caminho. Sei o que quero e busco para ter. E, quando quero, eu quero
agora, quero para sempre. Quando não quero é para nunca mais querer. 
Tenho qualidades, tenho defeitos, sou humana, sou real, gosto dos meus erros, mas
quero sempre ser alguém melhor. Carrego saudade, sonho com lembranças, planejo
o futuro às vezes prezo ao passado de um tempo bom que se foi. Choro, sorrio,
envergonho, esforço e me canso. Sim, também vou ao banheiro, todos vão, mas
poucos lavam as mãos, é esse o diferencial. Eu sempre lavo.
A questão não é fazer, mas fazer direito. Não que a perfeição seja uma meta, mas não vou
desperdiçar a MINHA vida almejando o imperfeito. Você que faça o que quiser com
a sua. Sou sempre quem eu preciso ser. Amiga, amante, groça, indiferente,
irmã, mãe, incentivadora, opositora, ironica. Há muitos outras aqui dentro de mim, mesmo
que em meu meu coração ainda haja só um. Posso estar perto, posso estar
distante, não importa. O que interessa é que estou sempre perto de ir cada vez
mais longe. Então, me dê licença, estar fora de controle é o meu ponto de
equilíbrio.

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